Não temos nada, mas mesmo nada contra o socialismo. Nós mesmos defendemos um socialismo, mas de responsabilidade, ou seja, que apenas ajude quem não consegue ajudar-se a si próprio. Foi sempre assim nas comunidades, nas aldeias e nas vilas, em que a família é o cerne de toda esta solidariedade inter-geracional.
Mas nas cidades a coisa complica-se. Se o Estado poder ajudar, desde que não atrapalhe as contas públicas, que não promova comportamentos abusivos e que não avilte os contribuintes que se esforçam diariamente, então ajudar aqueles que não conseguem ajudar-se a si próprios não é disparate nenhum.
Mas quando ajudar significa comprar votos, prometer dinheiro a troco de nada, desenvolver comportamentos abusivos, usurpar aqueles que se esforçam, e ao longo dos anos engrossar os que beneficiam e reduzir os que contribuem ao ponto do sistema ficar 50-50, então caros amigos e amigas, é preciso dizer basta!
Antes de se apoiar o socialismo ou qualquer variante, é preciso compreender a natureza humana e como ela reage em função dos estímulos.
Ninguém tem prazer a trabalhar por trabalhar. Todos queremos uma recompensa pelo trabalho, sob a forma de dinheiro ou outra para podermos tocar pelos bens e serviços que achamos importantes para nós.
Mas se for possível obter dinheiro e viver bem retirando o trabalho da equação, então muito poucos resistirão. A socialização da sociedade ao longo da 2ª metade do último século promoveu a pouco e pouco esta viragem civilizacional.
Tempos houve em que havia gente que trabalhava mas não recebia nem dinheiro nem liberdade para os trocar com o que quer que fosse. Tal sistema tinha um nome: escravidão. Foi abandonado e não foi por acaso. Travaram-se guerras por causa da escravatura, pelo que não foi assunto de menor importância.
Mas no campo das ideologias, se formos sensatos e apelarmos à lógica o melhor mesmo é testá-las no terreno, ver os resultados e tirar conclusões.
Foi isso que o Vivendi postou no seu blog acerca de uma experiência que um professor realizou na Universidade do Texas com uma turma inteira. Leia aqui e tire as suas próprias conclusões.
Tiago Mestre
2 comentários:
Dói muito mais ser traído do que combatido. E a população portuguesa é traída, por quem gosta de marcar golos na própria baliza. Se a educação, atitude e o "prestar contas"/incentivos fossem outros, este país mesmo sem grandes recursos materiais, teria outro destino. Há uma grande tendência em bater nos fracos, porque se sabe, que os únicos que têm força para os defender, são os mesmos que lhes batem!!! E contra este amor platónico típico de países e religiões, quem é que se pode rebelar?
No Socialismo existem os dirigentes e os escravos.
A Liberdade é sempre excedentária.
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