A fazer fé na notícia da edição online do Económico, citando o FT Deutschland:
"UE disposta a renegociar austeridade para evitar saída da Grécia"
Significa que o bluff político do Syriza, e já agora de todos os outros partidos importantes (PASOK e Nova Democracia) continua a produzir resultados e a levar a UE a ajoelhar-se perante a total desgraça do que seria a saída da Grécia do EURO.
O Syriza sabe aquilo que nós também sabemos:
Os líderes políticos europeus estão ativamente envolvidos em fazer tudo, mas mesmo tudo, para salvar o EURO e as suas estruturas burocráticas, nem que para isso continuem a aniquilar os países que ainda têm alguma força (não muita) na tentativa de manter a paz podre e demonstrar ao mundo que tudo está bem e que a solidariedade interna resolver os problemas internos.
Quem sabe isto e não tem pudor em fazer política da mais baixa significa que tem a faca e o queijo na mão.
Os gregos foram e estão a ser implacáveis em explorar essas fragilidades, mas não os condenamos. Se a Europa não diz BASTA, a loucura continua.
O BCE, segundo Farage, possui 440 mil milhões de euros de dívida soberana grega, portuguesa, irlandesa, espanhola e italiana.
Se a Grécia sai do Euro, adeus BCE. Os prejuízos que terá que reportar obrigará a exigir aos países membros mais dinheiro para recapitalizar o seu depauperado capital próprio. E perguntamos nós:
A quem vai o BCE pedir dinheiro para se recapitalizar?
A Portugal, à Espanha, a Itália ??
Demos em 2011 uma grande importância em explicar a fragilidade em que o BCE se estava a envolver com esta história de comprar obrigações soberanas sem possuir capital próprio para garantir eventuais perdas caso o preço destas baixasse ou entrassem em default.
Estivemos a somar os posts que publicámos sobre este assunto entre Outubro e Dezembro de 2011 e foram mais de 10.
A nossa preocupação era já enorme acerca destas políticas suicidas que se estavam a cometer em nome de uma Europa solidária.
delay and pray
(Atualização deste post)
Estivémos à procura do post onde traduzimos uma história que revelava a dificuldade do BCE em se recapitalizar e de como a compra de obrigações tóxicas depauperava o seu capital próprio.
"BCE - Banco de mãos largas, mas com bolsos vazios"
Tiago Mestre
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