Vitória nº1 do Status Quo: Syriza PERDE as eleições e Nova Democracia e PASOK juntos obtêm maioria absoluta. Seria muiiito curioso ver estes 2 partidos que trouxeram a Grécia para aquilo que ela é hoje: um grande país falido, formarem governo juntos.
Derrota nº1 do Status Quo: PASOK só entra na coligação se o Syriza entrar. Syriza nega a sua vontade em participar na coligação. Nada como uma boa jogada de bluff para começar a semana.
Nova Democracia, esse grande partido que participou na derrocada da Grécia como país soberano na última década, vê-se talvez na situação de formar governo minoritário. Parece-nos quase surreal, mas enfim.
Já lemos algures que está na forja um terceiro ato eleitoral.
O Euro foi uma grande armadilha para os países tradicionalmente menos disciplinados e economicamente pouco fortes como Portugal.
Mas a Grécia foi o cúmulo da loucura e da extravagância financeira. O desastre e o adiamento das decisões difíceis levou o país para esta encruzilhada:
O estado atual é já muito mau, mas é preferível tentar segurar o que de bom ainda tem, do que perdê-lo desde já ao entrar para algo ainda mais desconhecido.
Pedir ao povo para decidir com estes pratos na balança é infame.
E a democracia? Só existe na forma através destes atos eleitorais. A substância já lá não está.
Não esqueçamos que foi o Euro e as suas instituições burocráticas que durante 9 aninhos permitiram aos desregrados políticos gregos endividarem a Nação com crédito a 10 anos e um juro de 4%.
O erro gigantesco e bastante prolongado do cálculo do risco por parte dos credores esteve na origem desta bebedeira financeira em que os políticos gregos embarcaram e que levaram o endividamento para um patamar irreversível.
E quando todos acordaram e fizeram umas contas, o tapete foi tirado em 2010 de uma só vez. Os juros duplicaram, triplicaram, quadruplicaram e com estas taxas, pagar esses mesmos juros tornou-se uma tarefa não exequível.
Parabéns ao Euro e a UE por ter permitido que países ocidentais, economicamente razoáveis, se tornassem totalmente falidos, e como se não bastasse, peça agora às suas populações que decidam se querem sair dele, colocando o país num patamar de quase auto-destruição, ou se querem continuar amarradas a uma moeda que não lhes serve.
Não temos nada contra o €, mas quando o casaco não serve, não serve, ponto final.
Tiago Mestre
3 comentários:
Mas a culpa é da democracia, os politicos ao quererem ser poder e manterem-se no poder, ofereceram regalias há população que sabiam não haver dinheiro, ou melhor tendo fé nas teorias keynesianas a divida é algo bom, a poupança o demónio.
Os Gregos, como nós temos de aprender com os erros, e parar de dizer mal da Merkel, quem fez os jogos olimpicos, e os Euro 2004? entre outras estravagancias
O Euro neste momento é o padrão ouro para estes países, esta mania de intervir para tentar salvar o status quo, nada consegue senão agravar a situação.
Democracia não é sinónimo de liberdade, para sermos livres temos de ser economicamente independentes, condição necessária não suficiente.
O que a democracia fez foi liquidar a nossa liberdade.
Filipe, e trocamos a democracia pelo quê? Já se experimentou quase tudo..
No blogue Portugal Contemporâneo, o autor Pedro Arroja defende um modelo igual ao papal. Considero interessante.
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