22 de junho de 2012

Governo tentou desafiar a matemática, só que não é fácil

Este post é um pouco maior, mas para contar bem a história achamos que se justifica.

Vitor Gaspar anunciou hoje indiretamente que as receitas fiscais estão abaixo do que se esperava. Está nas edições online de todos os media.

Esta notícia é para nós de extrema importância porque de alguma forma corrobora a nossa tese de que quando queremos baixar a despesa, a receita acaba também por baixar (contra a nossa vontade, claro!). Tomarmos consciência desta evidência foi um grande motivo para a criação do blog. Todos os posts intitulados " A Matemática costuma ganhar, às vezes tarde demais" refletem sobre este assunto, tendo nós publicado o 1º post a 29 Março 2011, antes até da campanha eleitoral.

Olhando para as fórmulas do Défice e do PIB percebe-se que esta correlação entre receita e despesa públicas é insofismável:

Défice = ( Receitas - Despesas ) / PIB

PIB =   Consumo Privado + Consumo Público + Investimento + Exportações - Importações

Baixar a despesa pública significa:
1. Baixar o Consumo Público: O Estado compra menos coisas aos seus fornecedores.
2. Baixar o Consumo Privado: O Estado corta nos salários, nas pensões e nos subsídios, deixando menos dinheiro para a população gastar de forma discricionária. Como consequência há menos transacções e uma parte do comércio sofre uma queda acentuada, sobretudo a dos bens duradouros (como algum vestuário, automóveis, casas e outros).

Com menos transações entre setor público e privado ocorrem estes 2 horríveis fenómenos:
1. Queda do PIB
2. Queda das receitas fiscais

Sobre o primeiro, já estamos todos a sentir na pele. Recessão em 2011 e nova recessão em 2012. O défice também se agrava porque é medido em função do PIB; sobe quando o PIB desce. O governo comprometeu-se para 2012 com um défice de 4,5% em função do PIB.

Sobre o segundo, o governo depositava uma certa esperança de que as receitas não teriam uma queda tão acentuada. Inclusivamente aumentou os impostos para atenuar esta tendência. Este falso otimismo resultou na elaboração de um orçamento de Estado que previa receitas acima do que agora a realidade confirma.

Consequência política:
Foi uma tremenda asneira porque agora já temos o PS a dizer que afinal esta austeridade não é solução, é preciso outra coisa, logo, toda a política do PSD está errada... Quem vai ao mar deve aviar-se primeiro em terra. PSD não o fez e paga a fatura. A mentira tem sempre pernas curtas, SEMPRE!

Com a necessidade imperiosa de baixar a despesa, por tabela cai a receita, o PIB idem e o défice sobe (é tudo mau!) Com todas estas consequências indesejáveis, o Estado é novamente obrigado a cortar mais despesa, repetindo o ciclo.
A nossa pergunta é:
E quando é que este ciclo pára? Responderemos mais abaixo.

É este ciclo que a oposição política em Portugal apelida de "espiral recessiva". E tem razão, porque quando o PSD prometeu conter o défice na campanha eleitoral, informou a população que para o baixar bastaria cortar nas gorduras e reformar a gestão do Estado. O PIB e a receita pouco ou nada sofreriam com isso. ERRADO.

Na altura já tínhamos consciência desta farsa política, porque ela escondia uma realidade matemática impossível de refutar. Não acreditámos nem um segundo no PSD.

Contudo, a oposição também não está a ser séria porque não diz o que fazer se deixarmos de ter a austeridade. Nós sabemos qual é a solução que eles querem implementar: a de Mário Soares, mas não têm coragem de o dizer.

Eis a resposta à pergunta:


De 2008 a 2011 recorremos ao Eurostat.
2012 é de acordo com o orçamento de estado para 2012
Daí para a frente a projeção é nossa.
A austeridade começa em 2011, e é a partir daí que tentamos perceber as tendências das curvas da receita e da despesa.


Usámos este pressuposto muito grosseiro: por cada redução de 2 mil milhões em despesa, o Estado perde mil milhões em receita. Relação de 2 para 1. Não sabemos se a relação é correta ou não, pode ser para mais ou para menos. Serve apenas para tentar perceber a tendência.

Percebe-se que a linha vermelha quer chegar próximo da linha azul, mas esta vai-lhe fugindo das mãos, e só se encontram lá mais para a frente (défice 0). Nesta projeção manipulámos os valores para que a linha vermelha se cruze com a azul nos 50 mil milhões, já que este valor nos parece razoável como limite máximo de despesa e de receita. Só assim é que a economia privada pode começar a respirar sem o sufoco do Estado.
Pelo caminho, o PIB sofre ano após ano, a tal "espiral recessiva" que o PSD esqueceu-se de referir e que dará a vitória ao PS nas próximas legislativas.


A única maneira de contrariar esta horrível tendência é haver em Portugal mais Investimento, que está lá em cima na fórmula do PIB. Há economistas que apelidam esta parcela de "Formação Bruta de Capital", caso encontrem esse chavão por aí.


Mas para haver investimento precisamos que outros confiem em nós, e a única forma de confiarem é saberem que não somos mentirosos. Outra coisa que ajuda é termos leis sensatas e um Estado que não puxe mais do que 30%-35% do PIB em impostos (em 2011 foi 44%, segundo o eurostat) e que tenha um défice muito pequenino que não exija endividamento.


Não é termos mais licenciados nem mais universidades. Na União Soviética eram todos licenciados em qualquer coisa. É preciso seriedade e trabalho, o resto aparece.


Tiago Mestre

17 comentários:

Vivendi disse...

Chegou o momento da verdade.

Espero que a troika mande agora encerrar os serviços deficitários, diminuir autarquias e freguesias, cortes nas PPPs e nas despesas sociais avançar com cortes nas pensões, nos funcionários públicos ou em alternativa diminuir salários por todos.

Como tu escreves o peso do estado tem de diminuir para 35% e os impostos de IRC tem de ser atrativos para o investimento.

É uma vergonha que aquele milionário francês tenha ficado à espera 2 anos por causa das areias movediças da burocracia.

Filipe Silva disse...

O artigo está excelente como sempre.


O problema é que os politicos são mentirosos como sempre.

O PS devia de desaparecer, se tiverem oportunidade iram conduzir o país à mesma situação anterior, se sairmos do Euro nem quero imaginar, aquele bando no poder mete medo.


A despesa pode descer sem causar impacto nas contas, mas isto tem um custo politico enorme, revolta nas ruas, ao estilo Margaret Tatcher em Inglaterra.

Agora o PSD consegue fazer alguma coisa?
Duvido, era necessário ministros da escola austriaca não neo liberais da treta.

Acho que 30/35% é demais, o peso do Estado não deveria ir além dos 20%
Para que possamos ser altamente competitivos a nível fiscal, e atrair investimento estrangeiro e nacional.

O que é necessário seria uma mudança social de 180º, acabar com o Socialismo.

A propaganda de esquerda engana-nos, levando a que pensemos que o PSD é liberal, mas não o é, é socialista como os outros.

Antes ficava irritado com a possibilidade do PS ser governo, hoje é me indiferente, eu sei o que é necessário fazer, como nunca o será feito é na boa.

Mas aproveito para agradecer ao Tiago e ao Vivendi, por me terem motivado a ir além dos conhecimentos adquiridos na FEP, e me ter motivado a aprender novas escolas e abrir a pestana

André disse...

O problema, como disse álias o Álvaro Santos Pereira antes de ser ministro, é que para a austeridade resultar ela tem de ser brutal, aplicada durante um tempo diminuto e baseada essencialemente sobre o corte da despesa pública. Quanto à suposta inexistência das gorduras do Estado, eu continuo a achar que o PSD tem razão, o único problema é que ela não é necessariamente visível à primeira vista. Senão vejamos:

As prestações sociais representam cerca de 25% do PIB, as despesas em Saúde, Educação e Segurança Social cerca de 18% do PIB (isto põem-nos no 14° lugar em depesas socias entre a OCDE, recordo à passagem que o nosso PIB per capita está no 35° lugar entre a OCDE, por isso não se pode dizer que o Estado social português é pequeno, mesmo em comparação internacional). E apesar de tudo somos um dos países mais desiguais da OCDE, temos uma taxa de pobreza que, se tomarmos os pantamares europeus, corresponde a 45% da população, mais de 100.000 pessoas estão em listas de esperas de mais um ano no SNS, as notas dos alunos portugueses são lastimáveis. Ou seja gastamos um balúrdio e mesmo assim os resultados são decepcionantes.

Esse peso enorme da despesa social, acresentado à sua baixíssima productividade (se podemos falar assim) demostra bem que o nosso Estado social está repleto de gorduras e que será necessário cortar financeiramente aí, além de claro descentralizar o sistema, promover a concorrência dentro dele, responsabilizar mais os cidadões e dar-lhes mais liberdade de escolha.

Agora é necessário haver coragem para fazer o que tem de ser feito, explicar muito bem à população o que se está a fazer dando o exemplo (Passos Coelho devia ter posto o pessoal todo da política ao salário minímo, só para dar o exemplo e calar os críticos da treta) e conseguir ir contra todos os interesses instalados.

(E claro é necessário cortar nas PPP, privatizar todas as empresas públicas e liberalizar à sério os seus mercados, rever as despesas de funcionamento do Estado e a sua organização interna etc.)

André disse...

A ler absolutamente:

http://www.contrepoints.org/2012/03/31/75051-reduire-les-depenses-de-letat-et-etre-reelu/

Tiago Mestre disse...

André, as comparações de certos indicadores com os outros países da OCDE deixam-me sempre meio arrepiado.

Não tenho nada contra a OCDE, somente considero falacioso comparações que nos dizem se estamos melhor ou pior do que outros. Se num determinado indicador estiverem todos muito mal, e se nós formos os melhores, só seremos apenas os menos maus.

O que me interessa perceber é se os nossos indicadores servem ou não servem para caracterizar o nosso país e pensar em soluções.

Sobre as gorduras do PSD: eliminar as gorduras era canja de galinha. Défices altos eram uma teimosia do PS e do Sócrates. Foi a sensação que ficou.

Se consideras que as gorduras estão nas prestações sociais, então concordo contigo, mas não acredito que o PSD se referia a este tipo de rúbricas quando falava nas gorduras..

Para baixar despesa é mesmo necessário ir às prestações sociais (uma chatice). 25% do PIB significa 42 mil milhões. A receita total do estado não chegará aos 70 mil milhões este ano, e com impostos escandalosos. Não há hipótese. Se somarmos a saúde e a educação às prestações sociais (o tal Estado Social), o valor é quase 90% de toda a receita. Ficam de fora a Defesa, a justiça, as polícias, a administração central e os juros, que já vão em 9 mil milhões / ano.

Teremos que ir também às PPP's, à saúde e aos professores, mas é mais simbólico do que outra coisa. Mexe pouco, mas pronto, sempre ajuda.

Tiago Mestre disse...

André, li o artigo.
Se for possível ser eleito pedindo austeridade a sério aos cidadãos, então temos que formar um partido político:

Partido Libertador
ou
Partido da Liberdade
???!!

Vivendi e Filipe, como é?

Vivendi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
André disse...

Tens razão Tiago, mas mesmo assim as comparações permitem saber se o rumo é sustentável ou não, e se o que fazemos vale a pena ao não. E apesar de todos os defeitos que tem a OCDE, temos que aceitar o facto que os dados que nós dão demostram claramente que o sistema é insustentável e que tem que emagrecer financeiramente (temos claro que mudar a estrutura, mas o facto é que a estructura terá de ser mais leve na mesma).

Eu acho que no PSD as pessoas têm consciência que é necessário ir a cortar na despesa social, o problema é que há muita gente que não sabe como explicar isso, receia a reacção da população, e outros receiam que se se corta naquilo também lhes cortam nos seus negócios privados.

Quanto à nota sobre a possível formação de um PLD, eu pessoalemente prefiro um centro de pensamento, um média de pensamento livre para divulgar conhecimento e formar as "massas". Apesar de ser crítico com o meu partido, o PSD, sinto-me bem nessa casa e ainda tenho esperança de mudar o país através ele. Agora é certo que é preciso mais gente como o Filipe, o Vivendi ou tú para se mudar aquilo. É como eu dizia ao Vivendi num dos seus textos: racionalemente os portugueses deveriam entrar todos nos partidos para os obrigar a pararem de brincar conosco (ou a defeito para os obrigar a dar uns trocos a toda à gente) :-)

Vivendi disse...

Partido da liberdade joga bem... Seria uma pedrada no charco.

Sérgio disse...

O que eu acho é que há muito que se passou o ponto sem retorno, há demasiada dívida, contratos, compromissos, para que mesmo que na hipotética possibilidade de existir um governo a sério, que saiba fazer contas consiga alguma coisa. Só começando do zero e isso só acontece depois de um colapso muito feio...
Não deixa de ser irónico a noticia de hoje: "Novo ministro das finanças grego hospitalizado", o homem apanhou mesmo um susto ou está a fazer fita?
http://economico.sapo.pt/noticias/novo-ministro-das-financas-grego-hospitalizado_147063.html

Tiago Mestre disse...

André, se o PSD precisar da nossa ajuda, estamos cá para discutir ideias e para aprender também.

Com espíritos livres e críticos é a opinião pública que ganha.

E sendo o sufrágio eleitoral uma forma de extrair um governo da opinião pública (aprendi com Fernando Pessoa), quando mais robusta esta for, menos suscetível a aldrabices estará ela exposta.

Filipe Silva disse...

Eu votei no PSD nas últimas eleições e nunca mais o irei fazer.

Fui enganado, são todos liberais antes de serem poder depois viram todos neo-comunistas.

Ao contrário dos outros, que se acreditaram no corte da gordura, nunca alinhei nisso, primeiro porque a analogia é utilizada de forma errada, porque se a analogia é de uma pessoa com gordura a mais, quem percebe de nutrição (que é o meu caso) sabe que não é cortando apenas na gordura que se emagrece.

Mas regressando ao que interessa, Eu votei no PSD porque queria que despedissem funcionários públicos, fechassem fundações, serviços,etc....
Que cortassem mesmo na despesa pública, que acabassem com a vergonha das nomeações de amigos e filhos de amigos, etc...

Resumindo, mesmo não serem e não defenderem o que defendo, que pelo menos seriam mais honestos, mais verdadeiros e melhores do que a merda que tinha estado antes.

Mas desilusão brutal, são a mesma coisa, desde o ministro da economia (desilusão enorme, não porque é "trengo" isso já sabia, mas porque nada faz, o fazer aqui é forçar austeridade ao Estado e não aos cidadãos).
O Gaspar, tão elogiado, é fraco não sabe fazer mais nada que aumentar impostos retirar direitos Às pessoas (direitos aqui, não são os apregoados da esquerda, mas sim a serem tratados como pessoas e não ATM).

O da saúde é o menos mau, está "dar porrada" na classe médica, o que para mim já é motivo de classificação positiva.
Mas depois permite existir um secretário de estado que é um autentico atrasado mental, um governo dito de direita, a querem regular a vida privada das pessoas, com as leis de tabaco e companhia.

A da agricultura de senhora que parecia ser bem orientada, saí uma bolchevique, taxas para aumentar a segurança alimentar? mas julga que as pessoas são parvas? fazer uma lei de arrendamento que é uma nulidade, é que metem se a fazer politica social com os bens dos privados, a lei era muito simples, o dono faz o que bem entender com o bem que é dele.

O da educação menos mau, mas também julga que as pessoas são parvas, aumentasse o numero de alunos, cortasse numas disciplinas, cortasse nas actividades extra curriculares, com a justificação que é para aumentar a qualidade, treta cortar custos.

A da justiça não fez nada, continua a ser uma vergonha a justiça, maior cancro no país.

E mais havia a dizer.

A desilusão é profunda, um governo que se dizia liberal e ia reformar Portugal apenas faz as coisas de forma a que se consiga regressar aos mercados, isto é descodificando, voltar ao antigamente, mas isso acabou por isso o Passos vai ser mais um Sócrates.
Next Time voto em branco

Tiago Mestre disse...

O Medina Carreira diz que há incapacidade do governo em comunicar.

Eu acho que essa incapacidade está enraízada noutro problema maior:

Falta de coragem e incapacidade moral.

Mas o governo até tenta, só que falta berço, falta savoir faire.

Ouvir o Álvaro é uma dor para mim. Um rapazinho tão jeitoso a ser triturado publicamente, mas por culpa própria.

Não votei em ninguém porque não acreditava em nenhum programa.

Vivendi disse...

Eu votei no cds-pp, mas com poucas esperanças foi mais para travar uma maioria ao PSD. Sabia que os portugueses não iriam escapar ao empobrecimento, que as negociatas iriam continuar

Mas foi a última vez que votei nestes pressupostos. Só tornarei a votar quando houver ciclos uninominais, redução de deputados, e do peso do estado.

Anónimo disse...

Boas,

Aí Filipe. Concordo em tudo o disseste. O sentimento é partilhado. Acho que as pessoas estão a ficar fartas destas nulidades (governo). Mas a apatia é muito grande, somos assim! O que precisávamos não era de um partido politico, mas sim de um jornal completamente imparcial, coisa que aqui me Portugal não há, ora bem, nem aqui nem em lado nenhum. precisamos de instruir as pessoas, a pensar. Estamos completamente robotizados. Temos de mudar o curriculo educacional. Mas isto é o que as elites não pretendem!!! Assim somos mais faceis de controlar e fazemos exactamente aquilo que eles esperam que façamos. Apesar de termos este meio no qual escrevo agora, os utilizadores deste meio são demasiado preguiçosos. É preferivel dizer olá na merda do facebook ao vizinho do lado (literalmente) do que dizê-lo oralmente. O exemplo mais flagrante na minha opinião desta sociedade de robõs com diarreia mental é ver 3 ou quatro adolescentes, embora se passe também com jovens adultos, com os olhos pregados também na merda do telemovel sem dizerem uma palavra entre eles. É nisto que se tornou a nossa sociedade. E parece que é contagioso de tal modo que os governantes desta nação agem de maneira completamene lunática.

Enfim, muito mais haveria para dizer. Só gostaria de frizar que não nos podemos esquecer nem colocar de parte a engenharia social que foi posta em prática até hoje.

O "anónimo"

vazelios disse...

Sinceramente dizerem em quem votaram nas ultimas eleições é completamente fora de sentido, apenas e só porque as ultimas eleições foram excepcionais.

Qual a percentagem de pessoas que foram votar e votaram em alguém, que votaram porque acreditavam em determinado programa? 10%? 5%?

As eleições, particularmente em Portugal, são sempre desprovidas de informação util e pensamentos construtivos. Mas a ultima...

Uns votam sempre nos mesmos, outros passam dum lado para o outro constantemente porque estão descontentes (sem perceber que no fundo é tudo igual), e uma larga maioria votou contra socrates. Muitas pessoas me perguntam, mas voto em quem?

A pergunta acerca destas eleições, porventura as mais obvias e importantes em que pude votar, é: Em quem entregar a execução do programa da troika?

Eu estou com o Filipe, votei PSD porque acreditava numa mudança mais a fundo. Saiu abaixo das espectativas mas infelizmente não acredito que qualquer outro governo formado seja por quem for teria feito melhor.

Provavelmente nem o vosso partido da liberdade. A embrulhada e rede era complicada demais...

Abraços

vazelios disse...

Para não falar no ridiculo que foi termos um primeiro ministro que se demitiu e se recandidatou, depois de tudo. Sinceramente não me cabe na cabeça