Um pouco por todo país, uma boa parte da população prepara-se para fazer aquilo que mais deseja com a chegada do calor: FESTEJAR
E é nestes festejos que se capta com alguma singularidade a essência da nossa cultura. Não temos que ser todos iguais, mas há coisas que são mais ou menos transversais, como a capacidade de improviso e coabitarmos num certo caos organizado sem grandes altercações e demonstrando uma felicidade coletiva algo pueril:
Ainda ontem em Alfama, na fila para a fartura, ouvíamos uma ilustre residente do bairro regozijar-se para com uma amiga residente que já não via há algum tempo:
"Já não trabalho na empresa, ficou só o patrão. Estou com o subsídio de desemprego. Finalmente ganhei um lugar ao sol!"
Como dizia Agostinho da Silva no post que o Vivendi publicou:
" O português, dentro de determinadas condições, se a vida lhe fosse inteiramente favorável, ele gostaria muito mais de contemplar e poetar do que trabalhar. Mas quando é levado a uma função em tem que trabalhar, ele trabalha."
Como é possível ter tanta ferramenta e tanto material em tão pouco espaço. Em Alfama, Portugal, claro:
Tiago Mestre
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