2 de maio de 2012

PORTUGAL - NAÇÃO ( IN )DEPENDENTE

Apresentamos abaixo alguns gráficos para vossa análise sobre a economia portuguesa, e deixamos uma pergunta aos ilustres leitores e comentadores do Contas:



Nota: Valores a preços correntes, ou seja, não foi descontada a inflação, pelo que em termos reais a evolução é menos positiva

Nota: Valores a preços correntes, ou seja, não foi descontada a inflação, pelo que em termos reais a evolução é menos positiva

Nota: Valores a preços correntes, ou seja, não foi descontada a inflação, pelo que em termos reais a evolução é menos positiva

Fonte: INE


PERGUNTA:
Se Portugal sair do euro, reestruturar a sua dívida e não haver financiamento externo nos próximos anos, terá Portugal condições PARA ASSEGURAR A SUA SOBREVIVÊNCIA COMO NAÇÃO INDEPENDENTE? 

Ou teremos que adiar esta decisão, e por quanto tempo?

Ou será já tarde de mais, e mais vale continuar de mão estendida pela Europa fora?

Tiago Mestre

6 comentários:

Filipe Silva disse...

A pergunta é de muito difícil resposta.

Nunca foi feito, não é o mesmo que mudar o nome à moeda como foi feito no Brasil, por exemplo, é abandonar uma zona monetária, não é a desagregação de um país, ainda para mais numa situação de grande incerteza mundial.

A vantagem é a velocidade do ajustamento.
Sinceramente esta mudança radical teria de ser operada com outros players políticos, existe demasiada demagogia na assembleia da república.

Para ser bem sucedida uma operação destas, tem de existir consenso nacional, o cidadão tem de perceber o que esta medida acarreta, só por referendo deve ser a medida tomada, as ditas elites já demonstraram a sua incompetência e esta medida no curto prazo iria criar muitos problemas ao povo português.

O que faria Eu, se manda-se, negociaria com a UE fundos para a saída a investir em renovação da frota pesqueira e aumento da produção agrícola.

Negociava com Angola, Timor e Brasil, o auxílio destes países sobre as nossas necessidades energéticas, para assegurar que não existiria falta de energia.

Negociaria com países produtores de bens alimentares, o suprimento das eventuais necessidades do país

Objectivo, não existir fome e falta de energia no país.

A saída implicaria também a renegociação do contrato social do Estado com a sociedade, os beneficios hoje dados pelo estado teriam de ser revistos e a maioria eliminado,

Ao realizar tal medida, o país iria fazer o default total das dividas, menos a investidores privados internacionais, vou necessitar destes mais tarde.

A situação ficaria muito má muito depressa, mas se o pós apocalipse se for bem gerido a recuperação será fulgurante, liberalizando tudo e oferecendo aos investidores externos condições que mais ninguém oferece para investir e comprometendo me a pagar as dividas a estes.


É algo que tenho reflectido, mas muitas coisas me escapam, e não sei o que é melhor, mas acredito que o € irá acabar e devíamos enquanto país, diversificar o risco, e não apostar tudo no mesmo cavalo, a protecção da saída devia estar a ser salvaguardada, o Importante é não haver fome e falta de energia, assim salvamos o máximo de pessoas e aceitar que uma saída irá levar à morte de muita gente (como a política da austeridade de hoje irá fazer) o macabro é que este acontecimento irá tornar o nosso problema menos grave...

Vivendi disse...

Portugal a sair só de duas formas:

sair com a Espanha
saída assistida

Mas com estes políticos é de meter medo mesmo.

Os palops são naturalmente um bom caminho mas eles são muito na deles. Basta ver por exemplo a atitude do Brasil com Portugal no caso do azeite e vinho sabendo como está Portugal.

Eu tenho pensado o seguinte e gostaria de perguntar aqui ao fórum também. Qual o país que Portugal devia seguir o modelo económico?

Tiago Mestre disse...

A Noza Zelândia pode ser um bom ponto de partida:

http://contascaseiras.blogspot.pt/2012/02/nova-zelandia-dos-anos-80-e-90-um-caso.html

Tiago Mestre disse...

Filipe, dás-me autorização para publicar a tua opinião num post próprio? É um bom ponto de partida

Filipe Silva disse...

Fico honrado, claro que sim

Vivendi disse...

Nova Zelândia é um caso interessante.

Eu escolheria para inspiração económica um conjunto de pequenos países , principados e regiões autonómicas:

Europa:

Holanda
Luxemburgo
Andorra



Ásia:

Singapura
Macau

impostos, comércio; turismo; indústria portuária; são os casos de sucesso a ter em conta no modelo económico destes países e que poderiam ser facilmente aplicados a Portugal.