Caros leitores e leitoras, o Dr. Silva Lopes, reputado economista da nossa praça, veio hoje dizer à Lusa que afinal a austeridade apregoada pelos alemães será um desastre para nós, e que se não mudarmos de política estamos arrumados.
Lamentamos mais uma vez que economistas que ainda há ano e meio reforçavam a necessidade de por as contas públicas em ordem venham agora dizer que essa política é insustentável e que se deve inverter o quanto antes.
Se a austeridade é insustentável, então que o afirmassem na altura e assumissem as consequências da sua opção ideológica. Mas tal não era possível, porque era preciso "malhar" em alguém, e esse alguém tinha um nome: José Sócrates.
Além disso, percebemos agora que afinal as suas posições ideológicas eram fracas, porque apenas olhavam para o lado do excesso de despesismo sem correlacioná-lo com a economia. "Acreditavam" que retirando umas gorduras aqui e umas despesas a mais acolá que a economia pouco se iria ressentir e tudo continuaria sobre rodas.
Como os leitores já perceberam, aqui no Contas somos a favor do equilíbrio das contas públicas, mas temos a noção dos riscos e das consequências que tal decisão promove, e por termos consciência delas é que não nos cansamos de alertar as pessoas para se prepararem.
Não concordámos com as opções de José Sócrates no que respeita a contas públicas, mas há que reconhecer a sua coerência.
Agora esta gente que só está bem a "malhar" em alguém, virando a casaca conforme lhe dá jeito, é que nos tira do sério.
E já agora questionamos Silva Lopes: Então se é para abandonar a austeridade, qual deverá ser a política a adotar?
Impressão infinita de dinheiro?
Pedir emprestado ao BCE, ao ESM e ao EFSF até cair para o lado?
Tiago Mestre
4 comentários:
Esse Senhor é uma P.R.O.S.T.I.T.U.T.A do M.o.n.t.e.p.i.o. Credibilidade Z.e.r.o.
A austeridade é má pois ninguém faz o que deve ser feito.
Está tudo a ser ultrapassado pela espuma dos dias.
Ninguém vê mais à frente e toma as medidas certas.
Penso que ninguém faz o que deve ser feito porque estamos num ponto sem retorno. Vi há uns tempos um pequeno video da Pordata sobre as contas nacionais onde referiam a diferença entre receitas e despesas do estado e era cerca de 40% e o pior é que a grande fatia das despesas são com reformas e outros apoios sociais. Um governo que se limite a gastar apenas o que recebe estaríamos num país completamente diferente e que ninguém se atreve a propôr. Conseguir crescimento para superar isso, só se descobríssemos petróleo na costa, ou um passe de mágica que atraísse tudo o que é empresa para se instalar em Portugal. Penso que a coisa será "resolvida" com uma vaga inflacionária mais cedo ou mais tarde, sempre foi assim e penso que mais uma vez a história se vai repetir, acaba também por ser a forma que causa menos agitação social, sem colapsos ou "fins do mundo".
Embora um estouro a sério e repentino não seja de todo de excluir, quando se lê alguns artigos sobre os derivados a que grandes bancos estão expostos na casa de dezenas de triliões é de dar voltas à cabeça...
O Silva Lopes é um Champain socialist logo é natural que diga o que diz.
Existe alternativa há austeridade??
Bem mas isso não está a ser feito, o que foi feito foi aumento brutal dos impostos.
A despesa continua a não descer o que devia.
O Sócrates era coerente, mas no gamanço do dinheiro do contribuinte para ele e para os Amigos, num país decente nunca teria chegado onde chegou.
O Silva Lopes está velho, e diz muita asneira.
Já não tenho muita paciencia para aturar estes economistas de vão de escada
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