20 de setembro de 2012
Crédito às empresas: Ainda não chega?
Quando as empresas deveriam estar a desalavancar por forma a subir os rácios de solvabilidade e voltarem a recuperar os seus capitais próprios, eis que o crédito continua a jorrar. Sabe sempre bem trocar solvência por liquidez: é como o efeito da droga.
E ainda temos que ouvir todo o santo dia opinion makers e presidentes da CIP, AEP, e outras que tais a pedir mais crédito às empresas.
Já não há pachorra, e para que não haja dúvidas de que a DÍVIDA É O PROBLEMA, E NÃO A SOLUÇÃO:
Sempre que as pessoas do vosso círculo de amigos começarem a chorar com esta história de que o dinheiro não está a ser injetado na economia e que as empresas estão sem acesso ao crédito, "ensinem-nas" de que se o novo dinheiro injetado, por muito que ele seja, der para pagar os juros do "monstro", já não será nada mau, mas para o ano será pior porque haverá mais juros e mais capital para amortizar, e para o outro pior ainda, e por aí fora........
153% DO PIB
Que rácio tão.... amoroso
Tiago Mestre
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1 comentário:
É o aviso que já muito tenho feito.
Infelizmente os meios de comunicação social estão a fazer uma campanha contra a austeridade.
Basta ver o caso de alguns jornais de economia que fizeram artigos publicitários a favor das manifestações. Digo publicitários porque não informaram, fizeram um incentivo à participação com links para os grupos e eventos de facebook.
Ontem deparei-me com um artigo de opinião que penso ser interessante ter a vossa opinião.
José Gomes Ferreira, pessoa que eu prezo e tenho a opinião em conta, parece ter percebido melhor as medidas associadas à TSU:
http://sicnoticias.sapo.pt/opinionMakers/jose_gomes_ferreira/2012/09/20/o-misterio-da-tsu-uma-ajuda-ao-sistema-financeiro
Na minha opinião, é completamente impossível prever ou fazer estudos perfeitos sobre a medida, são demasiadas variáveis e não existe ponto de comparação. José Gomes Ferreira ao fim de várias críticas parece ter começado a perceber algumas das vantagens. (pode ser que com o tempo veja outras)
Sem conseguir estudar o problema, digo que o português precisa diminuir o poder de compra e deixar de importar certo tipo de bens que nos cria dívida e dependência.
Portugal apresenta um 11º orgulhoso lugar de número de veículos a motor por habitante
http://www.nationmaster.com/graph/tra_mot_veh-transportation-motor-vehicles
Outros dados de 2010:
Mercadorias Importadas por Portugal
Combustíveis (15%)
Carros (12%)
http://www.online24.pt/importacoes-e-exportacoes-em-portugal/
Vamos meter os pés no chão, exigir ao estado diminuição de despesa pública e exigir a nós mesmos austeridade. Infelizmente não me parece que haja capacidade para a auto-austeridade, será melhor pedir ao Estado que nos a exija!
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