Num comunicado do Ministerio da Economia, parece haver indicios de que os produtores de energia eolica concordarao em reduzir a sua fatura na producao de energia eletrica.
Ainda nao ha acordo, mas a coisa parece estar apalavrada.
140 milhoes ate 2020 significa 17,5 milhoes ao ano. é pouco, mas é melhor do que nada.
O projeto portugues de colocar torres eolicas em tudo quanto é monte e serra trouxe consequencias nefastas que perdurarao durante decadas.
Quanto mais cedo se perceber a real dimensao do problema e suas implicacoes, tanto no aumento do defice tarifario, como no aumento do custo da energia eletrica ao consumidor final, mais bem preparados estaremos para nao voltar a repetir os excessos cometidos no passado.
A potencia instalada de eolicas em Portugal ultrapassou em muito os valores considerados razoaveis, na medida em que quando nao ha vento, é necessario ter toda uma infraestrutura de backup que garanta TODA a producao de energia eletrica que Portugal necessita.
Pagamos para subsidiar os produtores eolicos, ja que estes vendem o seu kWh produzido a um valor mais elevado do que os restantes produtores convencionais (centrais termicas e barragens), e pagamos para manter todas estas centrais em (backup), à espera que falte o vento para arrancarem logo de seguida.
Pagamos 2 vezes para um mesmo serviço (que é consumir energia eletrica). Poupa-se alguma coisa na importacao de carvao e gas natural, mas tanto quanto sabemos, é residual.
O défice tarifario aumenta 600 a 800 milhoes de euros todos os anos. Fecharemos 2012 com uma divida acumulada de 3 a 4 mil milhoes de euros. Nao sabemos precisar bem o valor.
O governo diz também que parte desta poupança de 140 milhoes sera para abater no défice. Como podemos perceber, sera completamente residual, mas enfim, fica a intençao.
O que se fez no governo de Socrates, com a influencia do ministro Manuel Pinho, foi a busca de uma solucao energetica que resolvesse os problemas de importacao de combustiveis fosseis para producao de energia eletrica. Nao se fizeram testes com a maturidade que se exigia e nao se percebeu verdadeiramente os impactos economicos para os consumidores quando nao ha vento durante 1, 2 ou 3 dias em Portugal.
Por causa desta evidencia climatérica que ocorre de vez em quando em Portugal, criou-se toda a espécie de incentivos e subsidios para que este engulho climaterico fosse contornado. A brincadeira saiu MUITO cara.
Politicamente, o plano foi de tal forma ambicioso que quando a bomba rebentou pela primeira vez em 2006, com a demissao do entao presidente da ERSE, Jorge Vasconcelos, por este sugerir que o aumento da eletricidade ja naquele ano deveria ser de 15% para que o défice tarifario nao existisse, nao houve a coragem de assumir a enormidade do disparate.
Assobiou-se para o lado com a criaçao do défice tarifario, que nao é mais do que pedir dinheiro emprestado para pagar aos produtores de energia eolica.
Com a conivencia de Socrates, Manuel Pinho foi:
O pai da solucao eolica
O pai da sua grandeza e de todos os males associados
O pai da demissao de Jorge Vasconcelos
O pai da criacao do defice tarifario e respetivo endividamento
Hoje, Manuel Pinho é avo dos 3-4 mil milhoes de divida que os varios défices anuais acumularam ao longo dos anos.
Hoje, deveria ser Manuel Pinho a renegociar os contratos e assumir os erros que cometeu. Mas nao, anda a ensinar o seu modelo insustentavel de eolicas em distintas universidades do mundo ocidental.
Ha vidas dificeis
Tiago Mestre
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