8 de setembro de 2012

De França, com amor

Subir os impostos acima de 50% começa a ser a derradeira justificação para isto:



Quando o povo e a esquerda clamam por mais impostos para os mais ricos, deve ter em atenção que o dinheiro dos ricos circula em estradas diferentes do dinheiro dos pobres. Sabemos do que estamos a falar.

Mais impostos para os ricos significa quebra de receita fiscal, colapso da execução orçamental, não cumprimento do défice, etc, etc.

O pessoal simplesmente foge. Não os condenem e não coloquem as mãos no fogo por vós mesmos caso estivessem na mesma situação.

Tiago Mestre

6 comentários:

Manuel Galvão disse...

Pela cara dele deve mas é estar preocupado com o imposto sucessório.
É que os grandes empresários só pagam impostos se quiserem, ou se forem estúpidos. A engenharia financeira que é possivel fazer com as holging, sub-holding, etc, e respetivas consolidações reduzem os impostos sobre os lucros empresariais à sua expressão mais ínfima.Essas regras são semelhantes na França e na Bélgica.
Este senhor não necessita de dinheiro para viver, pois dorme num dos seus hoteis, desloca-se num carro de luxo de uma das suas empresas,etc, etc. Não é a tributação de dividendos que o assusta...

Anónimo disse...

"Efficient market theory is a fraud, and further deregulation is little more than a license to steal. It is no coincidence that the gap between the wealthy few and the public is at levels not seen since the last Great Depression. This is the mark of a very unhealthy kleptocracy based not on merit but on position, power, and payoffs.

The corruption in the system acts like a huge tax on the real economy, diverting resources, labor, and investment away from productive activity and towards monopolies, cartels, and the fraudulent accumulation of wealth through the manipulation of financial assets, making money from money.

There will be no sustainable recovery until there is substantial, genuine reform of the financial and political systems, both of which have been tainted by big money and corporate power promoting a very narrow and self-servingly destructive agenda.

Agree or not, things will continue to get worse, even if in a long, dwindling cycle of decay and despair, until change comes. And it will come, one way or the other. And the longer it takes, the more volatile the outcome."
http://jessescrossroadscafe.blogspot.pt/2012/09/gold-daily-and-silver-weekly-charts_7.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+JessesCafeAmericain+(Jesse's+Caf%EF%BF%BD+Am%EF%BF%BDricain)&utm_content=Google+Reader

Anónimo disse...

Sr. Tiago Mestre,
De vez em quando consulto este seu blog, para ter sempre uma leitura pluaral da realidade que nos envolve. Sempre o vi defender o capitalismo, a maior eficiência da pura economia de mercado, a liberalização, a mínima intervenção dos Estados na economia como forma de maior prosperidade para todos (!), na senda da Escola Austríaca. A si, e a outro forista bastante activo - "Vivendi". Mas depois, fico surpreendido com esta vossa resposta a realidades como esta: afinal os ricos têm uma mobilidade perfeita, mas os pobres e trabalhadores por conta de outrem não! E não se pode tributar os capitalistas, senão vão para outro país! Ora, onde está a tal eficiência de mercado e igualdade de escolha entre as partes?? De ajuste entre oferta e procura no mercado de emprego? Pelos vistos funciona apenas para um dos lados (ricos). E portanto, os pobres estarão sempre condenados a ser pobres, senão os ricos "saltam" de país levando o capital, não é?? E depois você legitima-os dizendo: "não os condenem, nem coloquem as mãos no fogo se estivessem na mesma situação". Extraordinário!! Que bela teoria económica e social que você propugna!! Mais, que bela teoria de cidadania, e nacionalismo, de que os capitalistas de direita tanto gostam de se gabar. Afinal o país - e impostos - é só para quando dá jeito. Quando não dá jeito, deita-se fora... Mas tenho novidades para si (aspirante a capitalista) e para os tubarões maiores que você: em todo o lado o Homem é um ser racional, e em todo o lado tem uma dignidade imanente, que a exploração não consegue erradicar! E, por isso, em todo o lado há caçadeiras para o fazer ver, mais tarde ou mais cedo, aos FDP que exploram os mais fracos para obter com a sua exploração lucros exorbitantes. E os tempos aproximam-se e não vai haver polícias nem militares que cheguem...

Anónimo disse...

Muito bem.
"Private capital tends to become concentrated in few hands, partly because of competition among the capitalists, and partly because technological development and the increasing division of labor encourage the formation of larger units of production at the expense of smaller ones.

The result of these developments is an oligarchy of private capital the enormous power of which cannot be effectively checked even by a democratically organized political society. This is true since the members of legislative bodies are selected by political parties, largely financed or otherwise influenced by private capitalists who, for all practical purposes, separate the electorate from the legislature.

The consequence is that the representatives of the people do not in fact sufficiently protect the interests of the underprivileged sections of the population. Moreover, under existing conditions, private capitalists inevitably control, directly or indirectly, the main sources of information (press, radio, education).

It is thus extremely difficult, and indeed in most cases quite impossible, for the individual citizen to come to objective conclusions and to make intelligent use of his political rights.

Albert Einstein, Why Socialism? 1949

Filipe Silva disse...


O Anónimo parte do pressuposto errado que o Estado é uma instituição necessária, e logo que todos os cidadãos tem o dever de pagar impostos.

Colocando isto de outra forma, porque é que determinada instituição tem o direito de coercivamente através da violência roubar o rendimento de um cidadão?

O Estado moderno não é mais que uma instituição construida pelos oligarcas de forma a controlar melhor a carneirada.

Numa economia de mercado livre, em que o Estado não existe para os politicos andarem a distribuir beneficios pelos seus financiadores, o resultado é muito mais justo.

A realidade de hoje, é que maioria das grandes fortunas foram realizadas por existir um estado interventor na economia, geralmente as regulamentações são realizadas de forma a limitar a entrada de novos concorrentes.

Se pagar imposto fosse tão bom e se as pessoas que gostam tanto do estado social e o acham o céu na terra então a fuga seria mínima, a realidade é que a fuga é imensa e ainda bem que o é.

Einstein muito inteligente em física não quer dizer que seja bom a perceber economia.

Huerta de Soto explica muito bem porque é que o Estado não tem necessidade de existir, nem razão, e o porquê de os grandes apoiantes do mesmo geralmente são os ricos.

Fernando Ferreira disse...

"Mind your own business"
Esta e' uma frase de ouro, uma regra chave geradora de paz e prosperidade.

Se o fulano 'A' e' rico ou deixa de ser, ou se o fulano 'B' e' pobre ou deixa de ser, sao assuntos que lhes dizem respeito apenas a eles...

O leitor Manuel Galvao comenta: "...este senhor nao precisa de dinheiro para viver..." Eu pergunto, e' da sua conta o que ele precisa ou deixa de precisar?

E' a eterna idea errada: So porque o fulano 'A' e' mais rico, quer dizer que, necessariamente, o fulano 'B' (ou fulanos) sao mais pobres... Este ideia e' completamente ERRADA.

Este homem faz e vende malas que os clientes dele estao dispostos a comprar. Isso quer dizer que ele faz os seus clientes MAIS RICOS (eles valorizam mais a mala do que o dinheiro que pagam por ela), ja para nao falar nas pessoas que contratam para fabricar as malas.

Criticar alguem que procura uma maneira de ser menos ROUBADO pelo estado e' o mesmo que criticar alguem que esconde algumas notas nas cuecas, se tiver de visitar um amigo que vive na Musgueira. Esta apenas a defender o que e' dele.

E o que e' dele nao e' de mais ninguem.