Segundo percebemos das declarações de Vítor Gaspar, veem aí mais impostos para além dos já anunciados na passada sexta-feira:
- Os bens de luxo terão taxas agravadas. Os imóveis de mais de um milhão de euros (que ´já será feito em 2012), mas também os carros de alta cilindrada, barcos e aeronaves sofrerão novo aumento da tributação. O valor não foi referido.
- Escalões do IRS vão sofrer alterações. Vão ser reduzidos, aumentando a taxa média efectiva de imposto; A taxa máxima mantém-se nos 46,5%.
- Mantém a taxa de solidariedade em sede de IRS e o imposto adicional em sede de IRC para as empresas com maiores lucros;
- As transferências e pagamentos a off-shores terão uma tributação mais severa
- Já tinha sido anunciado o aumento das contribuições para a Segurança Social dos trabalhadores e a diminuição dessas contribuições para as empresa. Hoje ficou a saber-se que com o aumento da taxa geral para a segurança social de 1,25 pontos, de 34,75% para 36%, vai levar ao aumento da taxa para os restantes trabalhadores. Os trabalhadores independentes, ou seja, os recibos verdes vão passar a pagar 30,7% à segurança social, contra os actuais 29,6%.
- Em sede de IRC, serão introduzidas alterações para aumentar a base de incidência, limitando-se as deduções. Não foram referidos valores.
Fonte: Jornal de Negócios
Não temos condições para quantificar todas estas medidas, mas a tentativa do governo é sempre esta: AUMENTAR RECEITAS.
Também falaram da redução da despesa, mas essa, só mesmo vendo para crer.
Infelizmente o plano não dará resultado, e a partir desta semana teremos uma nova vaga de fuga ao consumo e fuga ao imposto. Já serão muito poucos aqueles que não se importam de pagar mais de 40, 50% do seu rendimento a um Estado insolvente,
O que queremos afirmar aos nossos leitores é que sempre que há um aumento de impostos, tal representa a vontade dos políticos em querer baixar a despesa, mas como não têm coragem de o assumir e de o implementar, sobem a carga fiscal na esperança de obter o mesmo resultado.
É óbvio que não é possível, e por cada medida de aumento de impostos sugerida, o que se está a dizer indiretamente é que no futuro alguém terá que anunciar cortes na despesa na mesma proporção.
Aumentar impostos para baixar défice é a arma dos teóricos que acreditam no abaixamento da despesa mas que quando são governantes não têm a coragem de o assumir.
É por isso que pessoas como o Grover Norquist nos EUA engendraram um mecanismo que impede certos congressistas norte-americanos de aprovar aumentos de impostos. A última polémica do teto da dívida norte-americana, há 1 ano, teve como protagonistas estes congressistas.
Mas Obama não se importou, porque mal o teto da dívida foi aumentado no congresso e no Senado, a despesa continuou a sua caminhada imparável e a Reserva Federal tratou de arranjar o financiamento.
Parece que está na moda voltar a imprimir notas sem limites. Já vieram prémios Nobel referir isso mesmo muito recentemente... Portanto, o caminho está livre, só faltando a demissão de Jens Weidmann do Bundesbank para compor o ramalhete.
Tiago Mestre
1 comentário:
Tiago não sei se viste a entrevista do Gaspar, Ele disse assim "vivemos numa economia social de mercado", maneira engraçada de dizer que se vive em pleno socialismo.
Diz que o desemprego vai ficar nos 16, que vai haver recessão mas que vai já inverter em 2013 a tendência.
É desesperante ver estes atrasado mentais falar, o Gomes Ferreira esteve muito mal, eu teria o encostado às cordas e arrasado com ele.
Infelizmente o povo não aceitaria uma economia de mercado livre, está demasiado dependente, e a esquerda vai cavalgar a onda, mas tenho uma esperança a falência total do estado, e que a Esquerda suba ao poder, acredito que em 6meses arrebentariam com o país e depois poderiamos nós os verdadeiros liberais tomar conta da situação e fazer o que é preciso ser feito, Libertar a sociedade do Estado Socialista,
Mais uma vez se provou o socialismo leva um país à miséria
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