30 de setembro de 2012

CP num beco sem saída...


Relatório e Contas 2011:

Balanço:
Capital Próprio: - 2,9 mil milhões de euros
Passivo:             - 4,2 mil milhões de euros

Demonstração Resultados 2011:

Vendas e serviços prestados:      289,7 milhões de euros
Custos com pessoal:                   168 milhões de euros
Resultado operacional líquido:   -289,4 milhões de euros

Conclusão nossa:

Compreendemos que ninguém gosta de trabalhar de graça, mas se assim não o for, teremos que parar os comboios, não por motivos de greve, mas de forma definitiva.

É preciso escolher, e rapidamente, porque todos os anos a empresa gera prejuízos a rondar os 250 milhões de euros e obriga-se a endividar mais ou menos nessa proporção. Todo somado, a dívida já vai em 3,6 mil milhões de euros, que a um juro médio de 5% dá a módica quantia de 180 milhões de euros por ano só em juros.

Uma empresa que por ano fatura 289 milhões, tem despesas com pessoal de 168 e tem que pagar juros a rondar os 180, é simplesmente RIDÍCULO, INSANE, etc.
Adjetivem como quiserem, mas a falência desta empresa é certa, e só não aconteceu mais cedo porque o crédito, esse monstrinho, foi adiando o dia D. Hoje o monstro não consegue sair da sala e está tudo a sufocar lá dentro. Será o monstro a provocar o próprio dia D.

É este o paradoxo da dívida:
Adia o dia D, mas no futuro será ela a provocar o próprio dia D.
Agora? É tarde demais.

Tiago Mestre

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