Ouvimos ontem o secretário de Estado Marques Guedes referir que o contributo de Portugal para o reforço do fundo europeu de estabilidade ESM se saldará em 2 mil milhões de euros, e que não entrará nas contas do défice para este ano!
Em primeiro lugar, não deixa de ser caricato e absurdo que para o capital exigido pelo ESM aos países do €, contribue Portugal com 2 mil milhões de euros, ele próprio em processo de resgate pelo FEEF e sem capacidade de se endividar a preços aceitáveis. Provavelmente, Portugal precisará do dinheiro do ESM, mas enfim, já são tantos os absurdos na construção do projeto europeu que já nem faz confusão.
Mas o que julgamos saber e que Marques Guedes não disse é que estes 2 mil milhões entrarão para a dívida pública, ou seja, se ela já ia em 197 mil milhões para final de 2012, desta forma ficará a roçar os 200 mil milhões de euros, essa mítica barreira da democracia portuguesa.
Não interfere no défice, mas interfere na dívida. É mais uma distinção sem diferença.
O governo e seus assessores passaram na cadeira de "Linguagem Política" com 20 valores. Só pode .
Tiago Mestre
2 comentários:
Fiquei 1 pco preocupado quando vi este video: http://www.youtube.com/watch?v=gls3pO-94b4
Tiago qual é a tua opinião acerca desse mecanismo ?
A minha opinião é negativa, desde a sua conceção, à filosofia subjacente, aos resultados que terá e ao modo como tentam extorquir dinheiro dos países para que o projeto europeu se mantenha em pé.
Com o ESM, da contribuição passamos para a extorsão.
É este o projeto europeu que desejamos?
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