Caros leitores e leitoras, pretendemos com este post elogiar publicamente toda a classe política e elite de economistas que aparecem regularmente nos espaços mediáticos.
E porquê? Porque finalmente todos reconhecem que as medidas de austeridade, tanto no aumento de impostos como na redução de despesas exigem uma redução do PIB, o que por sua vez compromete as metas do défice (que é em função do PIB), voltando tudo outra vez à estaca zero. Foi nosso apanágio aqui no Contas explicar aos leitores, tanto a 14 de Julho como a 26 de Setembro, que matematicamente é impossível ter austeridade seguida de crescimento do PIB.
Esta evidência agora reconhecida pela comunidade em geral é de elogiar, obrigando toda gente a passar para o próximo estágio. E que estágio é esse? Um reconhecimento generalizado que, façamos o que fizermos, dirigimo-nos para um beco sem saída! O Défice público dificilmente cairá de forma substancial, com ou sem austeridade, e a dívida pública, essa continuará a subir, sofrendo apenas uma redução na velocidade a que cresce. A classe política ficou refém de si própria, com as suas próprias leis, tendo já consumido toda a energia que ainda havia no país, essencial para aplicar uma solução que resolveria o défice e paulatinamente a dívida. Lamentamos aqui no Contas que tenhamos de informar os prezados leitores e leitoras de cenários tão infelizes para a economia da nossa pátria, e oxalá estejamos errados, mas a lucidez apenas bate à porta da consciência quando nos mostram factos que consubstanciam a realidade; dito de outra forma: quando nos mostram a verdade, e dessa não pretendemos desviar-nos.
Tiago Mestre
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