Caros Leitores e Leitoras, as notícias vindas ontem a público fazem-nos inferir que teremos no curto médio prazo uma impressão em larga escala de Libras inglesas, Euros e... Dólares. O Banco de Inglaterra afirmou-o publicamente, com o objectivo de evitar que a economia inglesa caia em recessão. O BCE também o afirmou, mas de forma mais indirecta, como relatámos aqui. O Banco do Japão, esse já entrou na corrida desde o tsunami no início de 2011. Fica a faltar o grande campeão de impressão monetária: a Reserva Federal Norte Americana, que apenas tem imprimido o suficiente para manter taxas de juro das obrigações americanas em valores historicamente baixos. Aguardamos os próximos dados da economia americana para perceber as intenções de Ben Bernanke em imprimir dinheiro a sério.
Da forma como a classe política está a reagir aos problemas mundiais, suspeitamos aqui no Contas que não haverá nem tinta nem papel suficientes para tanta impressão. Com isso, os Estados tentarão pagar as dívidas e recapitalizar os bancos, mas para o cidadão comum, a consequência chama-se inflação, que é como um imposto sobre o nosso consumo: como há mais dinheiro em circulação do que bens a serem transaccionados, a lei da oferta e da procura obriga o dinheiro a valer menos, bens essenciais e energia aumentam de preço e assim baixa o poder de compra. É simples de compreender, como provam os preços dos cereais e dos combustíveis fósseis nos últimos 3 anos.
Tiago Mestre
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