Analisámos em Junho as contas da Metro do Porto, e com ou sem administração, a empresa é totalmente insolvente e a sua rentabilidade é persistentemente negativa.
Perante a fragilidade financeira que esta empresa atravessa custa-nos a aceitar que seja agora objeto de disputas partidárias e troca de galhardetes entre políticos, gestores, "jotinhas", etc. Se é para aplicarem a machadada final na empresa, então estão todos a fazer um óptimo trabalho.
Uma empresa que tem prejuízos operacionais superiores a 200 milhões de euros e prejuízos totais de 397 milhões de euros em 2011 dispensa comentários.
As necessidades de financiamento são monstruosas, tendo contraído 2,1 mil milhões de euros de crédito e 2010 e 2,4 mil milhões em 2011. É um autêntico sorvedouro de dinheiro que deixa de fluir para outros negócios certamente mais rentáveis.
Os bancos também são responsáveis por continuarem a emprestar estas somas de dinheiro.
E com um capital próprio negativo superior a 1,2 mil milhões de euros em 2011 versus 924 milhões em 2010 a insolvência só se reforça ainda mais.
Conclusão Natural:
As tergiversações na nomeação da nova administração são apenas o princípio velado do fim anunciado desta empresa, manchando para todo o sempre o bom nome da coisa pública e da correta gestão do dinheiro dos contribuintes.
Tiago Mestre
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