2 de novembro de 2011

Referendo na Grécia: Campanha vigorosa a explicar as vantagens do SIM e os horrores do NÃO (Parte 1)

Caros leitores e leitoras, já sabemos quem irá fazer a campanha eleitoral a favor do SIM no referendo:
Merkel, Sarkozy, Barroso, Juncker, Rehn, Rompuy, Lagarde, Obama, Zoelick, Coelho, Berlusconi, Geitner, Bernanke, enfim, os do costume.

Barroso quis antecipar-se a todos os outros, exasperava pela oportunidade, sentia que algo dentro de si tinha que ser sair cá para fora, e à chegada a Cannes soltou o seu apelo aos arruaceiros dos gregos. Citando a edição online do DN:


Numa declaração feita à chegada a Cannes (França), palco de uma reunião do G20, e divulgada em Bruxelas, José Manuel Durão Barroso aponta que o pacote de medidas abrangentes acordadas no seio da União Europeia para apoiar a Grécia só pode ser implementado se houver estabilidade no país.
"Sem o aval da Grécia ao programa da União Europeia e do FMI, as condições para os cidadãos gregos tornar-se-iam muito mais dolorosas, em particular para os mais vulneráveis. As consequências seriam impossíveis de prever", adverte o presidente do executivo comunitário.

Barroso já sabe que se o NÃO ganhar, gregos terão dias muito dolorosos, em particular os mais vulneráveis!
Quer dizer, um líder que tem errado todas as previsões desde há vários anos, está sempre atrás dos acontecimentos, nunca se antecipa, mas já sabe o que acontecerá aos gregos se a votação for ao contrário do que ele deseja. E o que acontecerá aos mais vulneráveis? Ui, as misérias e horrores que esperam a esta franja da população grega, que actualmente deve ser para aí 98%, mas enfim.

A campanha está em marcha, o palco está pronto e os actores já chegaram.

Ficamos a aguardar se aparece alguém para defender o NÃO.

Tiago Mestre

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