9 de novembro de 2011

E na dança das cadeiras europeias, a seguir à Itália quem será?... a França

Caros leitores e leitoras, as obrigações italianas continuam a ser despejadas a toda a velocidade pelos investidores que ainda as possuem. Ninguém hoje quer esse lixo "tóxico".

Não nos surpreende, e até achamos que esta seria a tendência natural após os resultados da cimeira europeia de 27 Outubro em que se pediu aos bancos que perdoassem 50% da dívida grega sem lhes oferecer nada em troca. A somar a esta medida tivemos a confusão grega na semana seguinte e o fracasso da cimeira do G20. Com tudo somado criaram-se as condições para os investidores entram no modo pânico e quererem vender as obrigações italianas a qualquer preço. A taxa de juro a 10 anos já ultrapassa os 7% e nenhum investidor quer ficar até ao fim para ver os seus investimentos evaporarem. Não há dinheiro para salvar uma dívida desta dimensão e só nos resta esperar por um incumprimento generalizado dos países com dívidas em apuros, mas o filme ainda não termina aqui. A seguir à Itália quem estará na fila de espera? A França, conforme os gráficos abaixo nos fazem crer, cortesia do site Zerohedge:



O gráfico abaixo mostra a evolução da diferença de spread entre as obrigações francesas e alemãs num espaço de 6 horas. Quanto maior for a diferença, mais "perigosas" se tornam as obrigações francesas. Actualmente rondam os 147 pontos base. Quando este indicador subir para perto dos 350 a 400 pontos base de diferença, também estas obrigações se tornarão alvo de despejo, arrastando a segunda maior economia do euro para a bancarrota. Nada a fazer, tarde de mais!


Tiago Mestre

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