16 de agosto de 2012

Petróleo denominado em EUR atinge maior valor de sempre

Expliquem-me, como se eu fosse muito burrinho, como é que é possível tal proeza!

Cortesia SoberLook

Quem é que anda a imprimir notinhas para que tal aberração ocorra?

Não é certamente o consumo de petróleo na Europa que está a impulsionar estes preços aberrantes, antes pelo contrário:

Fonte: BP Statistical Review

Em 2011 é evidente a quebra no consumo pela Europa fora, e no total é já bastante inferior ao consumo de... 2001!
Só a Alemanha, de 2010 para 2011 quebrou 3,3%.

Bom, e o que dizer de 2012, com a recessão a ameaçar desde o início do ano? Teremos um consumo europeu equivalente ao dos anos 90, ou talvez 80, décadas em que o preço rondou os 30 a 40 dólares o barril.

Genericamente, desde segunda-feira passada que o preço do gasóleo ultrapassou os 1,5€ nos postos de abastecimento comuns, sem contar com os dos hipermercados e outros similares.

Tal fenómeno induzirá mais recessão na economia, obrigando esta a contrair-se ainda mais.

Tiago Mestre

2 comentários:

Vivendi disse...

A Europa parece um continente que está perante um cerco...

Abraço e continuação de boas férias.

vazelios disse...

A quebra do consumo de combustiveis na Europa já não assusta ao ponto de parar a inflação "escondida" por detrás destas impressões todas.

Até os EUA estão a travar no consumo.

Pena não estarem aqui a India e a China, mas esses são os novos pesos pesados.

Basta ver que só o Brasil trocou de posição com a Alemanha, onde andará a China!

Só os EUA e Europa perderam quase 1000 barris por dia em consumo desde 2001.. Agora valem perto de 47% do consumo mundial, com cerca de 42.000 barris por dia. Isto temos de fazer mais contas do que o meu tempo o permite, mas perdemos quota de mercado suficiente para deixar de assustar tanto. E o futuro é mais do que previsivel. O mundo ocidental se deixar de consumir muito é porque colapsou e lá estarão outros players. Se não deixar de consumir é porque se aguentaram.

Isto é como investir.

Eu penso que a Europa e EUA vão cair no consumo, mas o médio Oriente, Brasil e outros compensam essa descida.

Quando à inflação, essa só tem uma forma de a parar: Parar de inventar.