16 de agosto de 2012

Inflação: 2,8% PIB: -3,3%. Ninguém fala nesta aparente contradição?

Caros leitores e leitoras, tantos economistas na praça a discutir banalidades e ninguém nos ajuda a perceber este aparente paradoxo?

NUM PAÍS EM QUE O PIB CAIU 3,3% NO 2º TRIMESTRE DE 2012 FACE AO DE 2011, A INFLAÇÃO AUMENTOU 2,8% EM JULHO DE 2012 FACE A JULHO DE 2011!

Fonte aqui e aqui

Como se pode explicar tal fenómeno, a não ser pela inflação "forçada" que certos bancos centrais andam a "imprimir" aos preços de bens essenciais?

HÁ MUITO QUE PORTUGAL DEVERIA TER ENTRADO EM DEFLAÇÃO.

Desta forma minimizaria o impacto nas populações da quebra do seu poder de compra através da redução de preços ao consumidor, e também por respeito à regra da oferta e da procura, em que menos dinheiro a perseguir os mesmos bens só pode resultar em redução de preços.

Mas não, a mãozinha manipuladora que tudo sabe e que tudo controla julga saber mais do que a lei natural da oferta e da procura.

O deleveraging europeu quer fazer o seu caminho, mas estamos perante uma classe de pessoas que se julga acima desta realidade natural, e manipula-a a seu bel prazer.
Para já estão de parabéns, porque estão mesmo a conseguir.

A Grécia, que desde 2008 vive em recessão, viu a sua inflação aumentar em Julho 2012 0,9% face a Julho 2011, contando com uma recessão de 6% desde o princípio do ano.

Surreal... Tirem-nos deste filme!

Tiago Mestre

3 comentários:

Filipe Silva disse...

Boas Tiago, espero que as férias estejam a ser boas.

O que está acontecer é o que Mises já dizia em meados dos anos 30 do século passado.

O vivendi postou no seu Blog textos que focam este fenómeno que descreves.

Os socialistas que se dizem os "defensores" dos pobres, o que defendem só irá agudizar a sua dor.

O PIB deve cair, o estado reduzir os seus gastos, os salários baixarem, e os preços caírem.

A deflação é a forma natural que o mercado livre tem de se regenerar.
Se uma economia está alavancada os preços reflectem essa alavancagem, sendo maiores do que seriam sem essa alavancagem.

Mais divida(crédito) leva a um aumento dos preços.

A economia faz os possíveis para se reajustar mas os keynesianos não permitem, mas acredito que o mercado livre vai vencer, infelizmente para nós o ajustamento será terrível, serão 30 anos perdidos por Portugal(já perdemos 10)

vazelios disse...

Boas Filipe,

Eu também acredito que a economia livre vai vencer.

Claro que a minha amostra é muitooo pequena, mas tenho visto uma alteração de comentários por aí, tanto na internet como em amigos/conhecidos.

É só preciso aguentar e ter esperança. Tenho esperança em algumas pessoas, e entendo que não se possa dizer tudo na praça publica, infelizmente, ou ainda são acusados de crimes sexuais a 10 mulheres e chacinados na praça publica.

Sem se falar em keynesianos ou escola austriaca, ou socialismo ou capitalismo, penso que algumas pessoas mais casmurras já percebem que não se pode viver de crédito e que temos gastos para cortar, em empresas, familias, no país. Tem de se pagar as dividas.

O mercado livre vence se as pessoas o quiserem. E as pessoas, apesar de incultas, estão mais informadas do que nos anos 30 e a informação propaga-se ao segundo, temos é de divulgar o que está certo e deixar de ver televisão.

Certas pessoas como o Schiff, Biderman, Ron Paul, começam a ser ouvidas.

Penso eu...porque eu também sou um inculto no meio disto tudo. Mas não sou maluco.

Há muita coisa mal feita e muita manipulação, mas infelizmente o poder está nas mãos erradas e não era possível mudar tudo de uma vez, a não ser com outra grande guerra.

Cumprimentos

vazelios disse...

E eu tenho esperança nas gerações mais novas, que vão crescer com a crise, vão aprender com ela.

Ainda este fim de semana vim de Barcelona e estavamos no aeroporto a ver a final de Basquetebol nos JO.

Estava uma familia Portuguesa à minha frente, jovem, com 3 miudos dos 4 aos 10 anos.

Quando um dos miudos se vira e pergunta ao pai (este não tinha mais do que 8, 9 anos):

- Pai os EUA também estão em crise?

Rimo-nos todos, pai, mãe, eu e os meus amigos.

Eles têm noção e não podem ser mais burros que os nossos pais e avós.

A observação dele foi brilhante para uma criança e isso deu me esperança.

Abraço