Pouca importância se deu esta semana ao preço do petróleo no mercado de Brent na agena mediática.
Não obstante, passou "suavemente" de 112 para 118 dólares em 2 semanas. Teremos novos máximos nos preços do combustível na semana que vem, puxando as economias ocidentais ainda mais para o território da recessão.
Talvez as pressões da Europa sobre o Irão tenham induzido nos investidores a vontade de comprar mais ouro negro, contudo a questão que é relevante, e que já várias vezes abordámos aqui no Contas, é que em clima recessivo ou pré-recessivo, seria normal o preço começar a descer devido à quebra na procura e à falta de entusiasmo dos investidores. Mas os preços continuam bem altos, quase a atingir o máximo de Julho do ano passado.
Acreditamos que o mundo emergente (China e Índia) compensam a falta de procura do mundo ocidental, e a produção total de crude teima em não subir dos 74 a 75 milhões de barris diários.
Resultado: preços elevados, mesmo para países que já entraram na grande recessão do mundo ocidental.
Esta é mais uma das muitas consequências de uma globalização sem regras e sem critérios iguais para os participantes. A riqueza está a ser drenada do Ocidente para o Oriente e Médio Oriente.
Tiago Mestre
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