Ironia das democracias europeias:
UE defende democracias estáveis para entrarem na UE. Mas as democracias elegem pessoas que nem sempre estão de acordo com as regras e políticas da UE. Em momentos de crise, a UE vira costas às democracias e retira os eleitos do poder, substituindo-os por outros que simpatizam com as políticas europeias, mas com nenhuma legitimidade democrática. Foi assim na Grécia e foi assim na Itália num intervalo de poucos meses.
Este é um reconhecimento pelas próprias instituições europeias de que a democracia funciona mal, na medida em que apenas perdura quando tudo vai bem. Quando as coisas começam a correr mal, paciência, as circunstâncias tornam-se mais prementes do que os princípios, e é aí que o veneno da tirania, da cleptocracia e da plutocracia ganha terreno. Boa sorte.
Tiago Mestre
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