11 de abril de 2012

DECO corta a direito na análise à nova taxa sobre as grandes superfícies

Ouvimos nós esta manhã na Antena1 a notícia de que estava na calha a promulgação de uma nova taxa a incidir sobre as grandes superfícies.

A DECO foi convidada e comentar a notícia e não perdeu tempo:
"As grandes superfícies irão transportar este acréscimo de custo, ou para o preço final, ou para os fornecedores. Baixar margens do negócio é que não acreditamos!"

Concordamos com a DECO na substância, mas divergimos na conclusão. Subentende-se que a DECO veria com bons olhos a acomodação desta taxa apenas na redução das margens do negócio. Nós isso não aceitamos.
As margens de rentabilidade de uma empresa é para nós território sagrado. Sem (boa) rentabilidade, as empresas definham, deixam de ser atrativas a novos investidores, pagam menos impostos, etc, etc. Até acreditamos que algumas superfícies possam acomodar este aumento caso se revele de valor residual, mas por princípio, esses custos devem ser passados para o preço final.

Moral da história: o imposto a criar pelo governo será uma maneira encapotada de retirar poder de compra à população e/ou esmagar ainda mais os fornecedores. Não percam tempo a ouvir as justificações da senhora ministra Assunção Cristas, porque não vale mesmo a pena, com todo o respeito.

Com todos estes aumentos de impostos no comércio e afins ficamos na dúvida se a inflação elevada em Portugal não se deve em parte também a estas decisões avulsas que parece não terem fim.

Tiago Mestre

2 comentários:

Filipe Silva disse...

Tiago

Numa economia verdadeiramente livre, o empresário é livre de cobrar o preço que entender (desde que não seja um monopólio natural, ou exista conluio por parte dos operadores do mercado).
Na oposição são liberais, chegam ao poder viram logo Socialistas/comunistas.

A noticia foi dada da seguinte forma, "estado cria imposto sobre as grandes superfícies para melhorar a qualidade e segurança alimentar" isto é ridículo, e chamarem taxa é demais.

A deco tem razão quem vai pagar é o consumidor final, mas isto já se sabia.
Isto é um atentado aos que menos tem, aos que já são afectados pela depressão económica.
Cortes na despesa é que nem vê-los

Tiago Mestre disse...

Vai ao encontro do que dizes. Puxa-se nos impostos e esquece-se a despesa.
Que tragédia!

E ainda justificam a medida argumentando que é para melhorar a qualidade e a segurança alimentar?
Nem vou qualificar