Caros leitores e leitoras, a propósito do acordo laboral alcançado e assinado nas últimas horas entre o governo e algumas centrais sindicais, ouvimos dos líderes políticos que tal acordo representava um dia histórico.
Ora, os dias que mais marcaram a nossa história não se definem por decreto nem por palavras proferidas pela elite política, mas antes pela força dos acontecimentos que consubstanciam essa mesma data.
Acerca deste acordo, que não discutimos por desconhecermos as medidas em pormenor e as suas potenciais consequências, parece-me que dificilmente ficará para a história, não só porque muitas das medidas lá incorporadas são já "informalmente" aplicadas no sector privado e portanto o acordo passa por ser muito estéril, como também a estatística diz-nos que acordos laborais anteriores possuem um prazo de validade curto porque seguem muito atrás da realidade dos acontecimentos.
Daqui a um mês já ninguém se lembrará desta data.
Tiago Mestre
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