OE2012 aqui
OE2013 aqui
(em milhões €) 2012 2013
Encargos Gerais do Estado 2 831 2 874 +1,52%
Presidência do Conselho Ministros 273 252 -7,69%
Finanças 158 116 150 422 -4,87%
Negócios Estrangeiros 315 329 +4,44%
Defesa Nacional 2 056 2 086 +1,46%
Administração Interna 1 880 2 066 +9,89%
Justiça 1 181 1 160 -1,78%
Economia e Emprego 239 227 -5,02%
Agricultura e Ambiente 592 548 -7,43%
Saúde 7 632 7 873 +3,16%
Educação 6 869 7 030 +2,64%
Transferências para a SS 6 494 8 878 +36,71%
As transferências para a SS rebentam, citando Jorge Sampaio, com o OE 2013. A par da Saúde e Educação, são estas 3 rúbricas que fazem toda a diferença no aumento da despesa no OE 2013
Os valores das Finanças são exorbitantes porque têm em conta a gestão da dívida pública, ou seja, toda a dívida que vence e toda a dívida que é emitida entram nestas contas, não sei como, pelo que não poderemos fazer o somatório de todos os ministérios para dizer qual será a despesa total, mas vamos deixar à vossa consideração a análise de algumas sub-rúbricas das Finanças:
Gestão da Dívida e Tesouraria Púb. 131 875 124 725 - 7 150 mil milhões!
Proteção Social !! 4 706 4 420
Despesas Excecionais !! 19 264 19 018
Transferências para a UE 1 670 1 555
Não sei como é possível que a 1ª rúbrica sofra uma redução de mais de 7 mil milhões de euros, quando o Estado irá contrair mais dívida e terá que pagar mais juros em 2013 face a 2012.
Será que a rúbrica Proteção Social são os descontos para a Caixa Geral de Aposentações?
As PPP's, bem como as transferências para Regiões Autónomas, Municípios, Freguesias, CGD e entrada de capital nos bancos privados devem estar, julgo eu, nas despesas excecionais, apesar de que não é nada explícito.
Saúde e Educação consumirão mais dinheiro em 2013 do que em 2012.
Com tanto despedimento de professores contratados, ainda não percebi como é que o orçamento da educação em 2013 será mais pesado do que em 2012. Serão as universidades que precisarão de mais dinheiro do Estado porque as propinas estão em queda livre? Vou tentar perceber.
De seguida farei o post com as receitas.
Tiago Mestre
6 comentários:
É caso para perguntar, onde está a tão famosa "austeridade"? Nos números do orçamento de estado não é de certeza...
E a banca em vez de "financiar" a economia, anda a comprar dívida pública, sem risco!
http://impertinencias.blogspot.pt/2012/10/onde-para-o-credito-as-empresas.html
Tanto dinheiro desperdicado que, nas maos dos seus legitimos proprietarios, poderia ter criado tantos bens e servicos, i.e., emprego. Prefere-se torrar dinheiro colectivamente, infelizmente.
Caro anónimo, esse assunto tem sido objeto de muito debate aqui no Contas.
O que o Impertinencias se esquece de referir é que o BCE EXIGE títulos da dívida soberana como colateral para emprestar aos bancos portugueses.
Esta cláusula faz TODA a diferença, e quem não sabe isto não percebe este ciclo mortífero em que os bancos se meteram e que também já falei aqui no Contas.
Ao impertinencias escapou-lhe esta cláusula, e sem a ter em conta, as conclusões enunciadas podem estar certas como também podem estar completamente erradas.
Para mim, isto não é uma questão de os bancos quererem emprestar ou não à economia. Alguns deles emprestaram muito, outros pouco. O que eu sei é que na generalidade emprestaram DEMAIS às empresas, porque estas estão endividadas em 153% do PIB, como também já expliquei.
A questão aqui é que as regras do BCE induzem os bancos a comprar dívida soberana para obterem empréstimos, e como mais ninguém nos empresta, temos que comer aquilo que nos põe à frente.
Infelizmente a comunicação social tem proliferado esta ideia de que os bancos não querem emprestar à economia e que as empresas precisam muito de crédito.
Os blogs, pouco atentos aos pormenores, reverberam esta ideia.
Não vás na conversa.
Sempre que estes juízos de intenções aparecem nos media e nos blogs sem contraditório, deves desconfiar logo.
Tiago,
Eu vejo-me "à rasca" p/a postar no teu blog desde que colocaste a verificação anti-robô!!!
Olha, consegui!! :-)
Bruno Morais
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