Surgiu-me esta pergunta na cabeça no outro dia.
Já ouvi o Medina Carreira a dizer várias vezes que recebemos 31 mil milhões de nova dívida por cada ano desde há vários anos.
Lanço algumas hipóteses para tentar explicar este quase paradoxo (e que não são mutuamente exclusivas entre si)
Hipótese nº1
PIB = Consumo privado + público + investimento + exportações - importações
Tanto quanto julgo saber, uma boa parte da dívida (não sei quanto) foi para gastar e consumir, ou seja, o dinheiro gastou-se na aquisição de bens que não eram manufaturados em Portugal. O que se ganhou no aumento dos consumos privado + público deve-se ter perdido no aumento das importações.
Hipóteses nº2
À medida que a dívida ia aumentando, o peso dos juros também se ia agravando, tendo chegado ao CÚMULO de termos uma dívida de 650 mil milhões de euros que a uma taxa de juro média de 5% dá a módica quantia de 32 mil milhões de euros em juros por ano. Este valor representará em 2012 aproximadamente 20% do nosso PIB. Já é muita massa que tem que ficar de fora só para pagar juros.
Se for necessário pagar 10% do capital em dívida sem recorrer a nova dívida, são mais 65 mil milhões por ano que é preciso drenar do nosso magro PIB. Se somarmos 65 + 32 teremos 97 mil milhões de encargos com a dívida por ano. Para um PIB de 166 mil milhões, fica-se a perceber que quase 60% do PIB será SÓ para servir esta linda rúbrica.
Mais hipóteses?
Tiago Mestre
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