20 de dezembro de 2011

Aguardamos pela classe política para decidir se compramos... ou se vendemos ainda mais acções (Parte4)

Caros leitores e leitoras, parece que já entrámos no período natalício, apesar de ainda faltar quase uma semana.

Parece que iremos ter um  período de acalmia nestas próximas semanas, a não ser que algum fenómeno estranho ocorra. A última medida do BCE, a alteração do LTRO de 1 ano para 3 anos, ganhou algum momentum e parece que por agora os investidores saíram do modo pânico. Só as ameaças das agências de notação financeira em quererem baixar a avaliação de alguns países europeus é que ainda colocam um certo peso na mente dos investidores.

Pelo nosso Portugal, acreditamos que o povo já percebeu que caímos num buraco de que não será possível sair tão cedo. Já existe hoje uma consciência generalizada de que os tempos estão muito difíceis e de que nos próximos anos estaremos muito mais expostos a ameaças do que a oportunidades. Esta mudança nas populações induz na sua maioria (ou talvez ainda não) uma vontade ou necessidade de mudança de hábitos, no sentido de evitar gastos desnecessários e repensar os custos fixos que cada um possui.

Esta consciencialização incorporará novos comportamentos na sociedade, já que a nossa vontade ilimitada de querermos consumir tudo o que desejamos está sendo lentamente travada. "Pensar duas vezes antes de comprar" será uma campaínha que muita gente terá na cabeça.

A economia do consumo começa a entrar numa situação problemática, e não havendo uma economia da produção para contrabalançar esta queda no consumo, resta-nos pouca economia no país para prosperar.

É imperativo que nos tornemos mais produtores e menos consumidores, e esse "papel" será da responsabilidade de cada um, não só para a "salvação" do país, como para a salvação de si próprio.

Tiago Mestre

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