27 de março de 2011

FACTOS: A NOVA VELHA ECONOMIA

Pretendemos neste post colocar à vossa consideração uma perspectiva daquilo que são duas das muitas variáveis da economia global, que actualmente promovem e condicionam o estilo de vida que os países ocidentais adoptam na sua generalidade.

A primeira variável prende-se com o declínio económico e financeiro que Portugal tem vindo a assistir de forma consistente, tanto no sector privado como no público. O rendimento médio por indivíduo (PIB per capita), evidenciado no 1º post deste blog,  tem crescido cada vez menos, prevendo-se uma redução ao longo da próxima década. Isto traduz-se em salários médios baixos, aumento do desemprego, em particular na população mais jovem. Paralelamente, o recurso ao crédito está já em fase de stresse, prevendo-se cada vez menos quantidade de crédito disponível. Os créditos contraídos que estão indexados a uma taxa de juro variável verão também as prestações subirem, já que se atingiram juros historicamente baixos nos últimos anos, próximo de 0%. A taxa Euribor tem subido nos vários prazos a que está indexada. A poupança como reserva de riqueza da população também se foi extinguindo durante estas duas últimas décadas. Por último, mas não menos importante, a carga tributária do Estado português sobre os cidadãos tem aumentado consistentemente, tendo atingido em 2009 40% de toda a riqueza produzida (PIB português).
A grande conclusão a que chegamos sobre a análise desta variável é que os rendimentos disponíveis pela população para manter ou quem sabe aumentar a sua qualidade de vida estão claramente em declínio desde há vários anos.

A segunda variável relaciona-se com o aumento generalizado dos preços denominados em euros e dólares de bens de primeira necessidade. Nos últimos seis meses, o preço do barril de petróleo no mercado Brent, que serve de referência para as importações portuguesas, subiu de 65 dólares para 115 dólares:
Fonte: LiveCharts


Os preços dos cereais e alimentos também subiram em flecha no último semestre, igualando os picos que se registaram no ano de 2008:
Fonte: FAO 
A tendência desta subida generalizada de preços indicia que os preços não irão descer sustentadamente nos próximos tempos, pelo que as condições de vida agravar-se-ão ainda mais. Toda esta subida generalizada de preços significa que a inflação chegará ao consumidor final mais cedo ou mais tarde.


A equipa editorial "caseira"

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