Caros leitores e leitoras, a Direção Geral do Orçamento já publicou as contas dos primeiros quatro meses.
2012
Receita total acumulada:
11.103 milhões de euros
Despesa total acumulada:
14.162 milhões de euros
Diferença (défice):
3,05 mil milhões de euros aprox
... e o que aconteceu em 2011?
Receita total acumulada:
11.351 milhões de euros
Despesa total acumulada:
13.804 milhões de euros
Diferença (défice):
2,4 mil milhões de euros aprox
A receita caiu, mesmo com o aumento dos impostos em 2012. É a chamada fadiga fiscal...
A despesa aumentou, devido sobretudo aos juros.
Tirando os juros da equação, a despesa corrente baixou 337 milhões de euros em 2012 face a 2011.
OU SEJA, A REDUÇÃO REAL DA DESPESA PÚBLICA FOI DE 337 MILHÕES DE EUROS FACE A 2011.
Este valor certamente que baixará mais quando não se pagarem os subsídios de férias e de Natal, já que se pagaram em 2011.
Parece-nos pouco, e apelidar esta redução de pouco mais de 300 milhões de euros de AUSTERIDADE parece-nos uma brincadeira. Nem se pode considerar uma austeridadezinha, sequer!
Se não houvesse corte de subsídios, num ano a redução de despesa seria de 900 milhões de euros. Sempre é qualquer coisa, mas quando estamos habituados a ter défices anuais de 10, 12, 15 mil milhões de euros, é pouco, achamos nós!
Tiago Mestre
3 comentários:
Não me parece, de todo que tenha existido uma redução da despesa.
Existiram cortes nos salários e redução de algum pessoal (despedimentos e reformas).
De resto estamos pior com mais contas para pagar e uma incompetência desastrosa em tentar resolver o problema. Com cortes destes e aumentos de Impostos não vamos lá ( está mais que comprovado).
Teremos que ser mais criativos e arranjar estratégias para resolver este assunto.
Claro que precisava-mos de gente com uma réstia de inteligência para este tipo de coisas.
1º Descobrir qual é o montante da divida legal e legitima ( ninguém faz isto ????).
3º Reformar já a justiça.
3º Reduzir já o peso do estado.(uma vez que é a única maneira de combater a corrupção que graça pelo nosso sistema.
4º Deixar falir os bancos e todo e qualquer empresa que não esteja em condições de viver no mercado (acabar com financiamentos aos privados).
5º Recomprar divida no mercado secundário mais barata ( secretamente e com uma estratégia para fazer descer os preços usando os ditos mercados a nosso favor ) usando para isso o dinheiro da recapitalização dos bancos.
6º Default na divida ilegal.
7º Reduzir impostos e regulações estupidas, pps, pipipis e popos, se não há dinheiro para uns não há para outros.
8º Sair do euro.
9º Emitir moeda sem recurso a bancos (livre de divida).
Doí, claro que doí a mim e muito...
Mas é a única maneira de protegermos os nossos filhos e netos
Claro que um cenário destes só mais lá para o fim do ano!!!
Meu caro, mesmo com pouca ou nenhuma redução nas despesas, a AUSTERIDADE é má, muito má.
Estou mais inclinado para a opção de colarmo-nos à Merkel e continuar a extorquir o que nos for possível.
Os políticos raramente tomam as decisões mais difíceis.
Optar entre as difíceis e as fáceis vai à distância do caráter de cada um.
Oxalá tenhas razão
A maior dificuldade é acabar com a mama dentro de portas. Sair do euro, porquoi? Só se for para fazer chantagem: Ou me pagam as franquias pelos eurobonds com yields superiores às bunds, ou então, não sei como continuar a mamar????!!!!
Enviar um comentário