Estando esse país tão distante da nossa realidade, é sempre difícil "sentir o pulso" àquela sociedade tão... esquisita.
Suspeita-se que o PIB é "fabricado" nos gabinetes ministeriais, e que desde 2007 não há correlação entre a atividade económica e os valores deste indicador.
Recentemente houve uma instituição que analisou o crescimento do consumo de energia eléctrica, e este já está muito longe dos 2 dígitos de crescimento de outrora.
A concessão de empréstimos diminuiu e a bolha imobiliária, esse maná de crescimento económico, parece que já viveu melhores dias.
Sabemos que uma boa parte das grandes empresas europeias e norte-americanas, sobretudo as que estão cotadas em bolsa, dependem em grande escala das vendas e da rentabilidade provenientes do Oriente.
Uma efetiva contração na aquisição deste bens por parte do gigante chinês revelar-se-á altamente prejudicial às empresas ocidentais, já que nos seus mercados domésticos já se viveram melhores dias.
A Europa já se encontra em quase recessão e os EUA só não o estão porque Barack Obama gera um défice anual de 1,3 triliões de euros, financiado com emissão de dívida pública. Esta loucura um dia terá que acabar, e quando as taxas de juro subirem por receio dos investidores, cuidado com a caixa de Pandora.
A vantagem de uma China mais fraca é o retorno de algumas atividades industriais novamente para o Ocidente. Mas tal deslocalização demora tempo, e nenhum investidor acorda e pensa em tirar as suas indústrias da China para um país que é substancialmente mais caro nos custos de produção.
Mas uma China mais fraca também significa menores exportações, um superavit comercial menor, deixando menos dinheiro disponível ao investidor chinês para comprar dívida americana ou europeia.
Outra consequência é a de alguma redução nas importações de bens produzidos pela Europa, sobretudo da Alemanha, com consequências nefastas para esta economia tão dependente das exportações.
A equação é complexa e com muitas variáveis. Emitir opiniões é sobretudo um exercício de astrologia!
Aqui vai a análise em 4 minutos de Charles Biderman no seu estilo inconfundível:
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