Na edição do Expresso desta semana o suplemento da Economia traz a história de 5 rapazes e 3 raparigas que foram entrevistados em 2007, rondando todos os 30 anos e formados em gestão e engenharia, supostamente gestores com grande talento e uma carreira de sucesso à sua frente. Volvidos 4 anos verifica-se que o Expresso não se enganou nestas apostas, e realmente as carreiras progrediram.
Contudo, verifica-se que o seu sucesso como gestores é na área dos... serviços e na banca. Oops, e onde fica a indústria e a agricultura neste processo? Não fica.
Lamentamos informar mas Portugal e a sua débil economia não precisa de gestores talentosos no sector dos serviços, mas sim na indústria e na agricultura. Gerir serviços é bem diferente (mais fácil) do que gerir indústria ou agricultura.
Quanto mais o nosso PIB assenta nos serviços, mais negro é o nosso futuro. O sector terciário que hoje temos em Portugal é profundamente dependente de financiamento externo, pouco ou nada exporta e apenas acrescenta maior défice na nossa balança comercial. Nos serviços nada se produz, consome-se apenas.
Quem aprende na escola que o sector terciário permite o desenvolvimento dos países está a ser literalmente enganado, e quando faz eco destes ensinamentos aos outros promove a difusão de ideias erradas e que não se adequam à realidade do país.
Só o turismo no sector terciário é que ajuda a economia do país porque capta divisas estrangeiras, equivalendo às exportações, e promove o consumo de produtos nacionais, valorizando a produção do que é nosso, do que é tipicamente português e que não se encontra em mais lado nenhum no planeta.
Tiago Mestre
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