Despesas soberanas:
Instituições políticas: 3,3 mil milhões
Justiça e prisões: mil milhões
Defesa: 2 mil milhões
Polícias: 1,9 mil milhões
Autarquias e regiões: 2,5 mil milhões
Juros: 8 mil milhões
Total: 18, 7 mil milhões
Despesas não soberanas:
Saúde: 7,6 mil milhões
Educação: 6,8 mil milhões
PPP: mil milhões
Agricultura e economia: 0,6 mil milhões
Transferências para a SS: 7 mil milhões
Total: 23 mil milhões
Se descontarmos receitas extraordinárias, como fundos de pensões e privatizações, as receitas ordinárias dificilmente excedem os 35 mil milhões de euros.
Mas face ao excesso de tributação a que os portugueses estão sujeitos, conjugado com as contribuições da SS, dificilmente este valor poderá manter-se.
Dos 35 mil milhões de receitas fiscais atuais, teremos que ir para 30 mil milhões, ou até mesmo 25 mil milhões, ou seja, baixar impostos pelo menos 25 a 30%
Neste exercício estamos a excluir as contas da SS (30 mil milhões de receita e 37 mil milhões de despesa). Como se consideram contribuições, presume-se que é dinheiro que entregamos ao Estado e que depois nos será devolvido (infelizmente sabemos não é assim, mas fica como premissa de base)
Nestas circunstâncias, fica a pergunta.
Com o dinheiro que há, e não com aquele que gostaríamos que houvesse, teremos que escolher que tipo de Estado queremos no futuro.
Ou o soberano, ou o assistencialista?
Mantermos os dois parece-me algo difícil.
Tiago Mestre
6 comentários:
E que tal nem o soberano nem o assistencialista?
Olá Tiago, onde posso consultar esses valores mais ao pormenor?
Vais ao site da dgo.pt
Procuras pelo orçamento de estado 2012.
É preciso analisares os vários documentos. não é fácil mas com tempo chegas lá.
Tiago por momento pensei que devíamos sair do Euro.
Mas depois comecei a pensar e cheguei a esta minha teoria.
Se sairmos do euro desorganizadamente a pânico e o medo iram se instalar, como o eleitorado vai ficar cheio de medo, e como está viciado em assistencialismo, o que vai acontecer é que iram culpar os partidos do poder dos últimos 40anos, e iram votar nos que lhes prometem amanhas que cantam.
Penso que uma saída nestes moldes levaram o PCP e BE ao poder, se isto acontecer em pouco tempo será dado um golpe de Estado militar.
Porque digo isto? Quem conhece o passado e a mentalidade e forma de operar desta gente, percebe que são contra propriedade privada, são contra a liberdade individual.
E iram procurar Roubar tudo a quem tiver alguma coisa em nome do Estado.
Eu estou preparado para nessa eventualidade defender o que é meu e se for preciso "sujar" as mãos, lá terá de ser.
O problema é que apesar de o colectivismo na sua versão fascista ou socialista ter falhado miseravelmente, as pessoas continuam a querer mais do mesmo.
O assistencialismo não é mais do que uma forma de socialismo, de paternalismo, de infantelização da população.
E mais do que tudo de roubo e limitação da liberdade individual.
A democracia não é hoje mais do que uma autorização para roubar legalmente é claro.
Filipe, eu acho que as consequências que referes em relação à saída do € são reais.
Ou seja, acredito que será isso a acontecer.
Mas se me perguntares se estarei disposto a correr todos esses riscos, mesmo com a entrada de regimes super-esquerdistas, para que a "merda" venha toda à tona e assim refundar as bases e as organizações em função do dinheiro que há, sinto-me tentado a dizer que sim.
Até nestas condições a impressão dinheiro, que ocorreria de certeza, seria logo desmascarada com fenómenos altamente inflacionistas, e rapidamente as pessoas deixariam de usar escudos ou outra trampa qualquer em favor do ouro, da prata e da troca direta.
Faço-te esta apologia porque acredito que o défice público, a dívida total e os juros totais já têm vida própria. É o monstro que se alimenta a ele próprio, e a continuar assim esbarraremos no mesmo problema de colapso, só que lá mais à frente, e com mais dívida ainda que não se conseguirá pagar.
Não quero adiar nem quero viver na paz podre. Fizemos asneira, endividá-nos em 345% do PIB, temos que arranjar 28 mil milhões só para juros todos os anos, ok, são factos, mas agora temos que voltar atrás. Para mim, quanto mais tarde, pior.
E acredito que só com um choque desta dimensão é que a sociedade portuguesa terá condições para se refundar, libertar-se deste jugo ideológico que a europa nos impinge desde que quisemos ser independentes mas que não nos serve.
Não somos nem protestantes, nem jacobinos, nem renascentistas, nem cartesianos, nem literais, nem extremistas. Somos espirituosos, para o bem e para o mal, e as regras racionais da Europa não são compatíveis com esta nossa natureza cultural.
NUNCA, mas NUNCA deveríamos estar sujeitos a taxas de juro de 3,5% para dívida a 10 anos que o BCE e a CE nos concederam durante os últimos 15 anos. Foi uma droga que nos deram a provar e que se esqueceram de referir os efeitos secundários em caso de sobredosagem. Foi um crime económico, e ninguém viu, porque ficou tudo sedado com o efeito positivo do curto-prazo. Eles "esqueceram-se" de dizer, e nós nem nos lembrámos de perguntar.
Agora é escolher entre dois péssimos cenários. Qual será o pior?
Eu também partilho da opinião do Tiago. A doer que doa agora pois adiamos o inevitável na minha opinião. A dor agora é grave mas no futuro vai ser aguda!!
Mário Meira
Enviar um comentário